O dia em que o blog apareceu no jornal...

Eu comecei o ano de 2011 com muitas expectativas e promessas de uma vida diferente.

Primeiramente, direcionei grande parte de minha atenção a um projeto novo e ousado de ingressar de vez na blogosfera e, dessa vez, seriamente. Muitas ideias na mente, um blog voltado ao público jovem, muitos títulos que passaram em frente a meus olhos e aquele, quase despretensioso, Na Parede do Quarto prevaleceu. Em janeiro, já tínhamos um mês de estrada e pouca experiência, só aos poucos é que passamos a compreender a alma do negócio e o blog virou o que é hoje.

Com um sonho atingido, uma boa quantidade de leitores, fui tentar conquistar meu lugar ao sol com outra grande paixão: a escrita. Redigi um conto e após longos meses de espera, fui uma das selecionadas para uma antologia do Rio Grande do Sul. Fiquei eufórica, realizada... Porém não relaxei, estava na  hora de planar por novos horizontes...

Surgiram as editoras parceiras, o blog ficou mais sério e focado, os comentários passaram a vir em um número maior e aquela Ana Beatriz de 2010 foi se tornando um relapso, dando espaço à de hoje, mais seletiva, crítica, contudo não menos sonhadora.

Ao completar 16 anos no último mês de setembro me veio a ideia muito inocente, um novo terreno a ser conquistado. Queria aparecer em algo maior, um meio de comunicação, no jornal... E o contato surgiu, após muitas trocas de e-mail, uma espera de angústia e de metas que antes pareciam inatingíveis, descubro que seria possível.

Choveu muito hoje em minha cidade. Acordei cedo em pleno domingo, peguei meu guarda-chuva e fui aventurar as poças, o vento, a rua vazia e o que mais surgisse diante de mim para concretizar um sonho. Hoje, em A Tribuna, importante jornal da Baixada Santista, foi publicada uma reportagem comigo a respeito de livros e do blog. Venho aqui radiante compartilhá-la com vocês e agradecer por terem sido tão pacientes, tão queridos leitores.

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Não sei se dá para imaginar o quão feliz estou, o quão realizada... A sensação de ver seu próprio nome em uma página de jornal é avassaladora, é nobre... Agora mesmo, enquanto redijo estas poucas palavras, as emoções assaltam-me quase sem querer... Quero rir, quero chorar, quero tudo.

Disse certa vez Eleanor Roosevelt, a primeira-dama do presidente estadunidense Roosevelt, que o mundo pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos. Eu acredito sinceramente na dos meus, e você?