Choro mais com filmes do que com livros, pois a emoção em uma boa atuação é muitas vezes carregada de um drama típico, seja este acrescentado à fragilidade feminina e teremos uma ótima "choradeira". Mas livros também são capazes de causar esses efeitos. Especialmente aqueles mais tristes, especiais de alguma forma.
Talvez um grande romance, um drama doloroso ou um fardo de guerra. Certo é apenas que a lista de 6 obras abaixo emocionou, e muito, a blogueira que lhes escreve.
*Os títulos dos livros redirecionam para suas respectivas páginas no Skoob, caso o leitor tenha o interesse de conferir algo mais a respeito dos mesmos
Aos sete anos de idade, Gabriella Harrison se sente um estorvo na vida dos pais. Ela acredita, segundo lhe dizem, que é a culpada pelo rancor da mãe e pelo fracasso de seu pai ao tentar protegê-la. Seu mundo é uma mistura confusa de terror, traição e dor. Quando resolve se tornar freira, uma grande reviravolta está prestes a acontecer. Gabriella se envolve com um padre e se vê novamente numa situação de conflito e sofrimento. Após uma terrível tragédia que os envolve, a jovem vai para Nova York e, como única forma de se recuperar e se sentir definitivamente liberta dos traumas e problemas que a assombram, decide encarar o passado de frente.
Pois eu lhes digo que chorei, chorei de uma forma insana com esse livro. Danielle Steel não poderia ser mais dramática e causar ao seu leitor mais dor do que causa com a história de Gabriella. A menina sofre nas mãos da mãe desde cedo e vê a vida passar de uma forma trágica, cheia de reviravoltas e traumas. A carga emocional é tamanha que eu mesma me senti desolada ao longo da leitura...
Uma Crença Silenciosa em Anjos, por R.J. Ellory
939. Em uma comunidade rural da Geórgia, no sul dos Estados Unidos, Joseph Vaugham, de 12 anos, é informado sobre o assassinato de uma colega da escola - o primeiro de uma série de crimes que, ao longo de uma década, vão arruinar as relações naquela cidadezinha. Joseph e seus amigos estão determinados a proteger o lugar, e formam um grupo batizado "Os guardiões". Mesmo depois de os crimes terem cessado, uma sombra de medo e pavor persegue Joseph. O passado parece enterrado, mas, cinquenta anos depois, ele se defronta com o pesadelo que abalou toda a sua existência. A trajetória de Joseph Vaugham é marcada por uma sucessão de tragédias pessoais: primeiro, a morte do pai; depois, a tortura, a mutilação e os assassinatos em série de jovens meninas; em seguida, o abismo da loucura da mãe, amante de um vizinho alemão na época da Segunda Guerra. 'Uma crença silenciosa em anjos 'é a história de uma superação - e do que pode ser sacrificado em nome disso. Narrada como uma alegoria sobre a natureza da injustiça, do mal e do preconceito, expõe a claustrofobia característica das comunidades fechadas, e sua intolerância à diferença. É, sobretudo, um romance sobre o poder da vontade do indivíduo diante do pior.
Não se deixe enganar pelo "anjos" no título deste livro que é um verdadeiro drama. Nada há de sobrenatural em sua temática, além, é claro, da tristeza perturbadora que segue na vida de Joseph. Tantas catástrofes e tragédias que deixam o leitor louco de dor e de sofrimento...As mortes, os estupros, a perda das pessoas amadas e mais o mistério, o suspense por detrás de todas as histórias. É de tirar o fôlego.

Para Bella Swan, há um coisa mais importante do que a própria vida: Edward Cullen. Mas estar apaixonada por um vampiro é ainda mais perigoso do que ela poderia ter imaginado. Edward já resgatara Bella das garras de um monstro cruel, mas agora, quando o relacionamento ousado do casal ameaça tudo o que lhes é próximo e querido, eles percebem que seus problemas podem estar apenas começando...
Não, eu não amo Crepúsculo. Mas sim, eu chorei com Lua Nova. Encaremos bem os fatos, o livro é depressivo, é lento a ponto de dar agonia... Só surgiu para provar que Bella é uma personagem extremamente dependente, que com a sequência de pensamentos negativos e "amorosos" acaba afetando o leitor de certa forma.

Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rashid, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Confrontadas pela história, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momento, embora a história continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do "todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.
Também já é sabido o quão marcante foi esta leitura para mim. A história de duas mulheres que representam toda a repressão vivida no Afeganistão no período do regime taleban é cruel para alguém que vive em um país totalmente a favor da liberdade de expressão. Mariam e Laila transcendem qualquer egoísmo e pensamento mesquinho humano para serem amigas, auxiliarem uma à outra. É um livro emocionante.

1941. A União Soviética anexa os países bálticos. Desde então, a história de horror vivida por aqueles povos raras vezes foi contada. Aos 15 anos, Lina Vilkas vê seu sonho de estudar artes e sua liberdade serem brutalmente ceifados. Filha de um professor universitário lituano, ela é deportada com a mãe e o irmão para um campo de trabalho forçado na Sibéria. Lá, passam fome, enfrentam doenças, são humilhados e violentados. Mas a família de Lina se mostra mais forte do que tudo isso. Sua mãe, que sabe falar russo, se revela uma grande líder, sempre demonstrando uma infinita compaixão por todos e conseguindo fazer com que as pessoas trabalhem em equipe. No entanto, aquele ainda não seria seu destino final. Mais tarde, Lina e sua família, assim como muitas outras pessoas com quem estabeleceram laços estreitos, são mandadas, literalmente, para o fim do mundo: um lugar perdido no Círculo Polar Ártico, onde o frio é implacável, a noite dura 180 dias e o amor e a esperança talvez não sejam suficientes para mantê-los vivos. A vida em tons de cinza conta, a partir da visão de poucos personagens, a dura realidade enfrentada por milhões de pessoas durante o domínio de Stalin. Ruta Sepetys revela a história de um povo que foi anulado e que, por 50 anos, teve que se manter em silêncio, sob a ameaça de terríveis represálias.
Livros sobre guerras já são particularmente tristes pelo contexto que apresentam. A Vida em Tons de Cinza vem para provar e cumprir com a promessa da tristeza ao retratar a morte e uma vida miserável convivendo paralelamente. Lina é uma personagem marcante que vai se fazer notável no leitor.
E quais livros já lhe emocionaram a ponto de chorar? Quais aqueles que você considera marcante em sua trajetória literária? Deixe suas impressões e compartilhe suas ideias conosco nos comentários.
Uma boa terça-feira!