03 março 2012

O Diário de Bridget Jones, de Helen Fielding

Resenha da semana é uma coluna na qual Ana dá sua opinião a respeito do livro lido no momento, com direito a trechos e informações completas sobre a obra e o autor. Postada aos sábados.
Título: O Diário de Bridget Jones
Título original: Bridget Jones's Diary
Autora: Helen Fielding
Tradução de: Beatriz Horta
Editora: Record
Número de páginas: 319
ISBN: 85-01-05321-X
Gênero: Chick-lit, Literatura Inglesa
"Quinta-feira, 9 de fevereiro58kg (gordura em excesso, provavelmente causada pela camada protetora contra o frio da baleia), 4 unidades alcoólicas, 12 cigarros (m.b.), 2845 calorias (mto frio)."
É em clima de total descontração que somos apresentados ao mundo de Bridget, com as palavras da própria através de seu diário, responsável por me fazer rir todo o tempo e nem sequer ver o tempo passar ao longo da leitura.

Muitas vezes, quando vamos classificar um livro, dizemos que pode facilmente ser lido num domingo preguiçoso, meramente como prazer, sendo este capaz de ocupar umas boas horas ao longo de todo o dia. Foi assim com O Diário de Bridget Jones. Peguei-o numa doação de livros para qual um amigo me convidou a participar e acabei deixando-o na prateleira desde então até que, num sábado à noite, cansada de fazer a mesma coisa, escolhi o volume para dar uma folheada e adiantar minhas leituras, até que me vi totalmente integrada no chick-lit, tendo terminado sua leitura cerca de apenas 2 horas depois.

A história, em si, nada tem de incrível ou marcante. A grande estrela da obra redigida por Helen Fielding fica por conta do bom humor da protagonista, que nunca se perde. Bridget é também, como tantas outras personagens desta literatura feminina, a representação de todo um grupo de mulheres com os mesmos sonhos, os mesmos anseios e vontades.

Conhecemos neste volume uma Jones que começa seu ano novo cheia de problemas, mas com resoluções a seguir que melhorarão e muito em sua vida (ela espera, pelo menos). Aos 30 anos, incomoda-se com o fato de ser uma das únicas entre suas amigas e todas as outras mulheres de sua idade a não ter um namorado, enquanto tantas outras já até se casaram e tiveram seus filhos. Além disso, está descontente com a balança e após as festividades do final/começo de ano, pretende mergulhar de cabeça num regime não apenas de comida, todavia de cigarros e álcool também. Entre outras vontades, pretende ser mais organizada e avançar em seu trabalho, ir à academia três vezes por semana não só para comprar sanduíche, não sair toda noite, mas sim ficar em casa lendo livros e ouvindo música clássica e, especialmente, criar uma relação sólida com um adulto responsável.


Como um diário, o livro é dividido em dias, com as anotações respectivas de cada um e o típico cabeçalho que indica o peso de Bridget, o quanto bebeu e o quanto fumou naquela data. Também temos os meses, que podem, por si, serem considerados capítulos, tendo cada um seu subtítulo especial indicando o que aconteceu ao longo do período.

O diferencial de O Diário de Bridget Jones é a própria Bridget, pois a história do livro é, em si, morna, sem grandes acontecimentos, apenas como a vida normal de uma mulher de sua idade, sem contar as pequenas traquinices de sua mãe, entretanto. O romance, que costuma ser outro dos focos de um chick-lit, não é aqui tão evidenciado ou valorizado, sendo sua participação bem superficial, que provavelmente deve ganhar ares de protagonismo no segundo volume, No Limite da Razão. 


Cheio de personagens adoráveis (e bizarros também), situações do cotidiano, excelentes tiradas cômicas e a típica vida moderna no cenário inglês, O Diário de Bridget Jones vence pela simplicidade e pelo pouco compromisso que tem em impressionar ou marcar seu leitor, contentando-se em garantir-lhes umas poucas e boas risadas e um grato entretenimento.

Avaliação Geral:
Nota 3 de 5 (Bom)

Um excelente sábado a todos,

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