06 março 2013

Luna Clara e Apolo Onze, de Adriana Falcão

Conhecida por ser uma das roteristas de A Grande Família, é na literatura infantojuvenil que Adriana Falcão merece seu devido destaque. Em seu livro, Luna Clara e Apolo Onze, Adriana nos envolve em uma história lotada de imprevistos que fazem com que nunca mais queiramos largar o livro.

Conta-se aqui a história da jovem Luna Clara, uma menina de 12 anos, que passou a maior parte dos seus dias indo à entrada de sua cidade para aguardar a chegada de seu pai, que nem ao menos sabe da existência da filha. Durante o livro, também é apresentado Apolo Onze, um rapaz de 13 anos que vive, todos os dias, a festa de comemoração do seu nascimento.

A narrativa acontece de forma não-linear e, ao mesmo tempo que mostra a espera de Luna Clara por seu pai, mostra também como ele se apaixonou pela mãe da menina. O livro é, ainda, cheio de encontros e desencontros que nos prendem ao enredo e nos fazem suspirar.

Não dá pra não se apaixonar por cada pedacinho da história. Em muitos momentos eu me peguei: torcendo para que Aventura e Doravante, pais de Luna, se reencontrassem logo e sofrendo com seus frequentes desencontros. A leveza da narrativa faz com que tudo flua tão bem que você provavelmente perderá a noção do tempo.

O que impressiona em Adriana Falcão é o modo com que cada personagem tem o seu merecido lugar, personalidade e importância dentro da história. Um velhinho que coleciona histórias, um papagaio de inestimável inteligência e um homem que anda com a chuva em sua cabeça, tudo isso comandado por velhinhas que me fizeram dar boas risadas. É um livro sobre paixões, desencontros e sutilezas.

Fernanda Evangelista

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