Imagens rabiscadas numa folha branca. Pessoas imersas em
pensamentos insanos. Música ruim ao fundo e cheiro de cigarro no ar. A fumaça
que emergia do fundo do salão deixava todos com olhos vermelhos e a mente
girando. Mas tudo que importava estava preso numa cortina escura de vagas
lembranças melancólicas. Um dia chuvoso seguido por uma noite quente e suada.
Sexo à meia luz num motel de quinta, e essa seria mais uma daquelas noites em
que passava acompanhada e solitária. Por mais que ela dissesse ao contrário,
todos viam em seus olhos constantemente brilhosos graças às lágrimas, que ela
estava mais sozinha do que nunca. O escuro do seu quarto era reconfortante, e o
som das suas músicas era relaxante. Ela se perdia em livros de suspense, não
queria se encontrar. Sua vontade era
mergulhar em comédias românticas ruins e ficar por lá. Com a solidão a
consumindo ela chorava até dormir, e acordava ao chorar. Naquele abismo de escuridão
e indiferença ela se perdeu, e não voltou. Ficou por lá, junto com as suas
lembranças de uma vida sem sentido, e uma bebida forte.
Agora
é oficial. Meu nome é Fernanda Evangelista e eu sou uma das novas colaboradoras
do Na Parede do Quarto. Eu sou de Brasília, tenho 15 anos e sempre fui fã de
literatura, e é sobre isso que falarei aqui no blog. Como primeiro post, eu
deixo para vocês um pedacinho de mim, um texto, para que vocês me conheçam um
pouco melhor. Espero que vocês gostem e eu sei que será um prazer escrever para
vocês.
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