15 fevereiro 2013

Os Pilares da Terra, de Ken Follett


Li esse livro por recomendação de um amigo, que me fez o seguinte comentário: "Este livro é o melhor que já li. Não existe nada igual e é uma pena não lê-lo." Levei em frente a dica e decidi que ia ler. Um dos maiores problemas, para mim, é que a sinopse não explica a história direito. Hoje, após a leitura percebo que a sinopse não dá nem uma vaga ideia do que é Os Pilares da Terra.

Adorei o livro, de verdade. É realmente diferente de tudo que já li. Um dos motivos pelos quais levei adiante o conselho do meu amigo foi que eu estava tentando mudar o meus ares de leitura. Tanto é que uma das minhas metas pessoais para 2013 é ler mais livros clássicos,  de história e cultos, de certo modo. Mas esse não é o objetivo dessa resenha. Estou aqui para explicar a vocês por que gostei desse livro.

Vamos começar falando da narrativa do Ken Follett. Sou uma pessoa que não gosta de descrições em livros, acho que elas tornam a leitura maçante. Ken Follett me fez mudar de opinião. Ele é extremamente detalhista durante todas as mil páginas. Durante as batalhas, eu me sentia como se fosse um mero expectador, mas estivesse ali. Assistindo ao vivo todos lutarem por seus respectivos lados.


Outro ponto que me agradou é a forma como as coisas, os personagens, os fatos e as histórias se entrelaçam como que por mágica, naturalmente. Não é algo forçado demais por parte do autor e isso me deixou como uma impressão de que a história se escreveu sozinha para ser tão bem realista e natural.

Os personagens, na minha opinião, chegam a ser atordoadores de tão próximos que chegam de pessoas reais. O autor cria um nova vida para cada personagem, narrando assim seus desejos, interesses, conflitos, confusões e decepções. Em certos momentos, Ken Follet nos prova que "A desgraça de uns é a alegria de outros.", como nas nossas vidas acontece. Entre esses personagens, temos Tom, um construtor que tem o sonho de construir uma catedral; Alfred e Martha, filhos do Tom; Ellen, uma mulher que esconde muita coisa em seu passado e é temida por todos por ser uma suposta feiticeira; Jack, filho de Ellen que vive na floresta junto com sua mãe; Philip, um dos poucos monges que serve lealmente a Deus.

As situações e a narrativa do livro em si são perfeitamente elaboradas. A história se passa no século XII, de 1135 a 1174, onde acontecem jogos de interesses, lutas por poder e a construção da primeira igreja gótica da Inglaterra. Grande parte do livro se passa no priorado de Kingsbridge, e são relatados com costumes da época, como  feiras e mercados. Além da narrativa da guerra civil que se desenrolou após a morte do rei Henrique I. E o autor, em nenhum momento, nos poupa de detalhes da vida de cada personagem e dos acontecimentos com cada um deles.

Agora vou falar de algo de que não gostei, até agora só despejei elogios do livro sobre vocês, mas tenho um pequeno cometário não favorável, assim digamos, já que, na minha opinião, não chega ser uma crítica: o livro demora para "engatar" a história. Sabem aqueles livros onde existem vários núcleos de personagens e aos poucos eles vão se conhecendo e as histórias se misturando? Então, em Os Pilares da Terra é assim, e mesmo como eu disse, esse entrosamento acontecendo de forma natural, até chegar nele, o livro era uma confusão na minha cabeça. O livro é dividido em seis partes e só peguei o ritmo da história mesmo no começo da segunda, para vocês terem noção. Mas há quem diga que prende o leitor desde a primeira página, acho que você terá que ler para tirar suas próprias conclusões.

Karine Pestana

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