01 março 2013

As Vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky

Apesar de ser considerado um dos livros de sucesso em 2012 e de já ter sido recomendado por diversas pessoas, inclusive duas vezes no blog, nunca tive vontade de ler As vantagens de ser invisível. A história de Charlie não me chamava atenção. Entretanto, o destino é algo engraçado e me fez ganhar esse livro de uma amiga muito próxima que, por algum acaso, é super fã dele. Logo, é claro que não tive outra opção a não ser dar uma oportunidade a esse queridíssimo entre os leitores jovens.

Eis aqui, então, a minha opinião: gostei do livro, mas estaria mentido se dissesse que me surpreendi muito com ele, já que a narração e a história seguem um ritmo constante. Logo, não o amei o tal e nem tampouco ele entrou para os meus favoritos/queridinhos do coração que vou reler e reler. Desculpas a Stephen Chbosky, mas não fui conquistada

Estava até conversando com a Ana sobre este livro e disse que achava que estava passando por uma fase em que nenhuma leitura me agradava. O que é, de fato, verdade. Dos últimos livros que tenho lido até gostei, mas não me encantei. Não sei se sou eu ou os livros... Enfim, a questão é que a Ana me disse para assistir ao filme, pois eu provavelmente gostaria mais dele. Ainda não assisti, mas assistirei um dia. Assim como daqui a um tempo relerei As Vantagens de Ser Invisível para ver qual era realmente o problema.

Voltando ao livro, a história é narrada através de cartas escritas para não-sei-quem por não-sei-quem também, já que todos os nomes são fictícios e são os únicos que nós, leitores, conheceremos. As cartas são assinadas por Charlie, um garoto um pouco traumatizado, emocionalmente abalado e super sensível. Em nenhum momento descobrimos a quem Charlie escreve ou quem ele é, todavia conheceremos o suficiente dele. Gostei disso no livro, pois, enquanto estava lendo, de certa forma, imaginava que eu era a pessoa a quem Charlie destinava as cartas. Isso deu um toque pessoal à história.

Charlie perdeu o seu melhor amigo há pouco tempo e, em meio a isso, acaba conhecendo Patrick e Sam, dois irmãos completamente diferentes. A partir daí nasce uma amizade. O protagonista, de certa forma, ao narrar as histórias e os momentos nas cartas nos deixa com a impressão de que ele não estava lá de fato. Não sei, é como se ele fosse um mero espectador, já que sabe de tudo, mas, ao mesmo tempo, não parece estar ali realmente. É um observador.

Patrick, confesso a vocês, é meu personagem preferido, gostaria de ser amiga dele, de verdade. Não sei se fui influenciada pela opinião de Charlie sobre ele já que o mesmo é suspeito para falar sobre seus próprios amigos. Mas gostei do Patrick, sério.
"É muito mais fácil não saber das coisas de vez em quando. E apenas comer batatas fritas com sua mãe."
Procurei resenhas sobre pessoas que, como eu, não foram conquistadas pelo livro. E o que eu li muito é que As Vantagens de Ser Invisível agrada pré-adolescentes e adolescentes até uma certa idade. Variando com a maturidade e de como a pessoa se sente no momento da leitura. Para pessoas que não estão neste grupo, contudo, acaba decepcionando, porque fazem muito alarde em torno uma história típica. O que realmente me agradou foi a forma como a história é contada. Gostei do modo, mas não da história em si, entendem? O livro até que me envolveu, li rapidamente (em um dia), mas acho que só fiquei esperando por algo mais ao longo de toda a leitura e isso nunca veio.
Karine Pestana

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