01 abril 2013

A Serenata Proibida - Vicente Ramos


Seus desejos eram proibidos. Mas um negava isso ao outro. Queriam estar juntos, queriam mesmo isso lá no fundo.

Desejos reprimidos. Destinos diferentes. Mas estavam lá. Lado a lado. Frente a frente. Só os dois. Ninguém mais. Guardavam para si sentimentos e segredos um sobre o outro. Queriam estar juntos, naquele momento único e eterno. Nada mais. Era proibido.

Ele queria escrever sobre ela. Para ela. Com ela. Ela queria estar com ele. Sentir seu peito. Dar um jeito.

Mas era proibido. Proibido pelas circunstâncias. Por todo o bom senso. 

Ela se sentia culpada e horrível. Ele sabia que ela era inocente e incrível. Mesmo que essa fosse uma paixão proibida. 

Ele guardou para si o sentimento. Em uma caixa, um cofre coberto por cimento. Mas havia muito mais do que somente um momento. Ele sempre estaria ali por ela, como sempre esteve. Ela sabe disso. Ela sempre saberá disso. Ela guardou para ela, dentro do seu coração. Aquilo que talvez fosse uma paixão. Mas ela sempre estará lá por ele. E ele sabe disso. 

Ele a proibia de sair dessa cama, de sair de sua vida. Ela o proibia de colocar o pijama ou de se ausentar por uns dias. 

De uma forma ou de outra, eles se entendiam. Se combinavam. Aprendiam. 

E tudo isso compunha uma serenata proibida. 


 O texto acima foi retirado da página do autor no Facebook. Se quiserem ler um pouquinho mais do que o jovem escritor tem a dizer, visitem sua fanpage e seus blogs. 



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