28 setembro 2012

O que a mídia vem dizendo sobre "The Casual Vacancy"

Fonte: Veja
Desde que foi anunciado que J.K. Rowling escreveria um novo livro, com um enfoque adulto desta vez, o cenário da Literatura mundial, especialmente os fãs de Harry Potter, entraram em polvorosa. Pouca coisa já estava claro de que não seria, uma vez que viria não apenas de uma renomada autora, mas também da que mais enriqueceu trabalhando no setor literário.

Aqui no Brasil, os direitos da obra, The Casual Vacancy, foram comprados pela Editora Nova Fronteira, a qual se responsabilizou por publicá-lo em dezembro. Na Inglaterra, entretanto, as livrarias abriram ontem  para a venda dos primeiros exemplares. E os críticos mundiais, naturalmente, já garantiram os seus, como também publicaram suas respectivas resenhas. Lendo algumas delas, vindas de jornais influentes no espaço mundial, traduzi (livremente) alguns fragmentos e transcrevi-os abaixo para que os leitores do blog possam ter um tira gosto do que virá por aí, sem spoilers ou mesmo menções à problemática.

"The Casual Vacancy não é uma obra de arte, nem tampouco é de todo ruim: inteligente, bem feito e frequentemente divertido. Eu poderia imaginá-lo bom sem nenhuma associação ao nome de Rowling, talvez ficando famoso aos poucos no Richard and Judy Book Club, ou sendo exibido como uma série de três episódios na TV. Os fãs podem achá-lo um pouco amargo, uma vez que lhe faltam o calor e o encanto da série Harry Potter; todas as personagens são bastante horríveis ou, de maneira suicida, miseráveis e mortas. Porém, o pior que você poderia dizer a respeito, realmente, é que o livro não merece o frenesi da mídia lhe rodeando. E quem, atualmente, pensa que mérito e publicidade tenham alguma coisa a ver um com o outro?"
The Guardian - Theo Tait

"Rowling é visivelmente uma autora talentosa. Este livro é mais deprimente que o seu trabalho anterior, pois se passa em um mundo sem mágica, onde a crueldade é menos apocalíptica e acreditavelmente menor. Apesar de algumas sequências parecerem rascunhos longe de estarem concluídos, outras são escritas com fluência e beleza que sugerem que poderiam haver mais e melhores trabalhos vindos de sua caneta.
Este livro seria publicado não fosse o nome da capa? Quase certamente. Alguém daria muita atenção a ele, e à sua mensagem? Provavelmente não. É algo digno de ser lido? Sim, porque vira um assunto entre leitores e, ao contrário de "50 Tons de Cinza", lê-lo não é uma experiência dolorosa. É merecedor de prêmios? Provavelmente não, mas eu definitivamente ficaria interessado em ler o próximo livro dela, indiferente à bagagem carregada pelo nome da capa."
Huffington Post - Andrew Losowsky

"É fácil compreender por que Rowling quis tentar algo totalmente distinto após passar uma década e meia inventando e complicando o mundo fantástico em que Harry e companhia habitaram, e só se pode admirar sua iniciativa em enfrentar as expectativas esmagadoras criadas pelo fenômeno global que foi Harry Potter. Infelizmente, o mundo real delineado por ela nestas páginas é tão deliberadamente banal, tão depressivamente clichê que "The Casual Vacancy" não é apenas desapontador - é tedioso."
The New York Times - Michiko Kakutani

"Rapidamente se torna claro que este não é o livro pelo qual estávamos esperando."
Telegraph - Christopher Brookmyre

Sinopse (tradução encontrada na página de The Casual Vacancy, em Wikipédia)
Quando Barry Fairbrother morre inesperadamente aos quarenta e poucos anos, a pequena cidade de Pagford fica em estado de choque. Pagford é, aparentemente, uma idílica cidade inglesa, com uma praça principal em calçada e com a sua antiga abadia, mas o que se esconde por detrás desta bela fachada é uma cidade em guerra. Os ricos em guerra com os pobres, os adolescentes em guerra com os pais, as mulheres em guerra com os maridos, os professores em guerra com os seus alunos... Pagford não é o que parece à primeira vista. E a cadeira vazia deixada por Barry na junta paroquial em breve se torna o catalisador da maior guerra que a cidade alguma vez testemunhou. Quem irá triunfar numa eleição marcada por emoções fortes, ambiguidades, e revelações inesperadas?



Todos ansiosos? Não estou muito, para dizer a verdade. A sensação é mais curiosidade que qualquer outra coisa, e vocês?

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