20 dezembro 2012

Já assistiu a "Destino: São Paulo"?

Imagem do episódio "O Noivo do Filho". Fonte: Chic
Tenho uma paixão que considero completamente justificável pela cidade de São Paulo. Apesar de todo o trânsito, da poluição e da superpopulação que o paulistano vivencia em seu cotidiano, a metrópole tem uma veia cultural que me encanta, dotada de diferentes padrões, vindos de todo o Brasil e, mais que isso, de todo o mundo. 

Recentemente, então, como quem nada quer ao mudar de canal aleatoriamente, num dia de certo tédio, encontrei na HBO Max uma minissérie muito interessante, apelidada de Destino: São Paulo. Composta por 6 capítulos que duram em torno de 42 minutos, cada, apresenta de maneira dramática um retrato íntimo de diferentes grupos imigratórios que vão viver suas vidas na cidade. Cada episódio fica responsável por mostrar um povo de uma nacionalidade ou grupo específico, vistos bem de perto, sendo eles argentinos, bolivianos, coreanos, chineses, judeus e africanos. E o mais curioso de tudo é que, em vez de atores que dramatizariam um roteiro idealizado pela equipe, Destino: São Paulo preparou os próprios imigrantes para contar histórias que poderiam ser as suas.

Um menino boliviano que é injustiçado na escola e só pode contar com o auxílio da mãe; dois irmãos africanos que estão ligados ao tráfico e brigam pela mesma mulher; um avô coreano que deseja comer carne de cachorro e seu neto apaixonado por uma vegetariana; a visita à família judia de um filho homossexual; dois chineses desacreditados da vida que podem se encontrar por acaso; uma atriz de rua grávida de um de seus dois melhores amigos e companheiros. Com roteiros muito interessantes e trajetórias das mais distintas, a minissérie trata, acima de tudo, do amor. Este sentimento que liga os homens de uma maneira universal, independentemente de suas nacionalidades e crenças.

Trazendo uma emoção diferente a cada episódio e uma fotografia extremamente bem feita, adequada a cada tipo de drama do qual se trata, Destino: São Paulo é um trabalho que o espectador nota ter sido feito com paixão. Paixão por informação, por cultura e, principalmente, dessa gente que, como nós, lida com Comunicação, por contar histórias. E vale a pena sentar para ouvi-las.


E para ler um pouco mais a respeito, confira o portal da própria minissérie aqui.



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