03 janeiro 2012

10 livros favoritos da Ana em 2011

Digamos que eu esteja um tanto quanto atrasada com a listinha dos melhores de 2011, segundo o meu ponto de vista, mas é muito estranho pensar que um ano no qual tenham acontecido tantas coisas possa ser deixado para trás tão depressa. Ainda não me acostumei com a ideia de 2012 e todo o seu clima apocalíptico de filmes hollywoodianos...

Devaneios da Ana e nostalgias à parte, selecionei a dedo 10 livros dos 49 que li em 2011, classificando-os como os melhores, sendo esses dos mais diversos gêneros, podendo agradar a todos os tipos de leitor. Para quem ficar mais curioso, os títulos contam com resenhas redigidas por mim aqui no blog, e colocarei o link das mesmas ao lado de cada um. Prontos?


10º lugar: A Vida em Tons de Cinza, de Ruta Sepetys | Resenha no blog AQUI
Gênero: Drama; Guerra
"Olhe para mim - sussurrou Andrius, chegando mais perto. - Vou encontrar você - afirmou. - Basta que pense nisso. Pense em mim levando de volta seus desenhos. Imagine isso, porque estarei lá."
A Vida em Tons de Cinza foi um livro emocionante, uma grata surpresa. A autora, Ruta Sepetys, aborda um lado da 2ª Guerra Mundial de um ponto de vista diferente daquele com o qual estamos acostumados. Antes do tumulto começar, um horror que não é vindo de Hitler, mas do soviético Stalin. Lina, a protagonista, e muitos outros lituanos considerados ameaças para a filosofia do regime "socialista" são mandados juntamente de suas famílias a gulags na Sibéria para trabalho escravo e, uma intenção bem mais sombria, poderem morrer congelados. Acompanhar a trajetória da menina de 15 anos e de seus familiares é sofrido, uma lição de vida daquelas que mexem com a gente.

9º lugar: Qual Seu Número?, de Karyn Bosnak | Resenha no blog AQUI
Gênero: Chick-lit
"Mas eu não me importo. Eu simplesmente rio daquilo. A vida é engraçada, com certeza."
Qual Seu Número? foi meu primeiro contato com um chick-lit e devo dizer que, se todos seguirem essa fórmula, assim definamos, é uma experiência muito válida. Delilah é uma personagem divertidíssima e o leitor, mais especificamente a leitora, vai adorar cada momento passado ao lado dessa mulher em crise.

8º lugar: Heresia, de S.J. Parris | Resenha no blog AQUI
Gênero: Suspense histórico
“Eu não temia morrer por minhas convicções, contanto que já houvesse determinado por quais delas valia a pena morrer.”
Heresia é um prato cheio para os amantes da História. O suspense histórico, que talvez possa parecer enfadonho no início, mostra-se em potencial para encher seus leitores de curiosidade. Misturando religiões e crenças, filosofia e um mistério digno de Conan Doyle, além de um romance intermediário, foi um começo muito bom para esta série sobre Giordano Bruno.


7º lugar: Garota, Traduzida, de Jean Kwok | Resenha no blog AQUI
Gênero: Drama

“Foi o mais próximo que a mãe esteve de expressar seu arrependimento por ter vindo para os Estados Unidos. Entendi qual seria minha tarefa dali por diante, e pousei a cabeça em seu ombro.
- Vou tirar nós duas daqui, mãe. Eu prometo.”

Garota, Traduzida é um retrato do drama que a própria autora, a chinesa Jean Kwok, enfrentou ao imigrar para os Estados Unidos em busca de oportunidades e promessas utópicas de uma vida melhor. Um retrato de muitos povos ao redor do mundo feito minuciosamente sob o olhar de Kimberly, um exemplo de determinação e garra. Mais um daqueles livros que nos deixam a pensar... Muito.

6º lugar: Anna e o Beijo Francês, de Stephanie Perkins | Resenha no blog AQUI
Gênero: Romance juvenil

"Eu olho de volta. Ele está sorrindo para mim.
- Bem-vinda a Paris, Anna. Estou feliz por você ter vindo."

Anna e o Beijo Francês deixou quase todas as blogueiras literárias com a cabeça em Paris e em St. Clair. Foi puro amor. A história juvenil e descompromissada vingou aquele papo de que os livros voltados ao público jovem não prestam e que as nossas paixões são sempre fúteis e levianas. A narrativa é uma delícia e dá até pra se emocionar verdadeiramente. Um sopro de frescor.

5º lugar: The Sweet Far Thing, de Libba Bray | Resenha no blog AQUI
Gênero: Sobrenatural juvenil
Ele acaba com a pequena distância entre nós e toca meus lábios com os dele. Eles são macios, mas o beijo é firme. Ele, docemente, põe uma mão em minha nuca e puxa meu rosto para o dele com a outra. Ele me beija mais uma vez, com mais força, mas ainda tão doce quanto à primeira vez. Eu preciso tanto dos lábios dele que não consigo imaginar como posso viver sem eles agora. Talvez seja assim que as garotas de apaixonam – não por causa de um feitiço que uma bruxa má colocou nelas sem dar a chance delas escolherem. Talvez elas simplesmente sejam beijadas e sintam vontade de retribuir o beijo. Talvez elas até sejam as primeiras a dar o beijo. E por que não deveriam?
The Sweet Far Thing é o último volume da trilogia Gemma Doyle, sobre a qual sempre comento aqui no blog com muito carinho. Foi um livro impactante, com um final digno de Libba Bray e um marco na memória de qualquer fã.


4º lugar: A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak | Resenha no blog AQUI
Gênero: Drama; Segunda Guerra Mundial
"Doido ou não, Rudy sempre esteve destinado a ser o melhor amigo de Liesel. Uma bolada de neve na cara é, com certeza, o começo perfeito de uma amizade duradoura."
A Menina que Roubava Livros é simplesmente incrível. Sei que estou super atrasada, pois quase todos vocês já o leram, mas não poderia deixar de citá-lo, tamanha a maestria que Markus Zusak adquiriu ao redigir uma história tão sensível, que permeia o humor, o drama, o romance e a tristeza. É um retrato até poético de uma realidade tão dura. Um daqueles livros eternos.

3º lugar: Um Dia, de David Nicholls | Resenha no blog AQUI
Gênero: Drama; Romance
"Embora não fosse sentimental, havia ocasiões em que Dexter podia ficar quieto vendo Emma Morley rir ou contar uma história e saber com absoluta certeza que ela era a melhor pessoa que conhecia. Às vezes quase tinha vontade de dizer isso em voz alta, interrompê-la para fazer tal afirmação. Mas não era um desses momentos, e, em vez disso notou que ela parecia cansada, triste e pálida (…)."
 Um Dia foi paixão à primeira, à segunda, à terceira vista... O relacionamento entre Dex e Em é muito bem tecido, complexo. A narrativa é leve, gostosa de se acompanhar e muito envolvente. O que mais impressiona é a realidade dos fatos, o quão palpável é a humanidade presente em cada uma das personagens. Emocionante!

2º lugar: Lolita, de Vladimir Nabokov | Resenha no blog AQUI
Gênero: Clássico

“Frígidas senhoras membros do júri! Eu imaginara que se passariam meses, talvez anos, antes que ousasse expor-me a Dolores Haze; mas às seis ela estava acordada e por volta das seis e quinze éramos tecnicamente amantes. Vou contar-lhes algo muito estranho: foi ela quem me seduziu.”

Lolita foi um livro que demorei para compreender, uma leitura que já tinha tentado quando mais nova, mas que faltou-me talvez maturidade para divagar na mente obsessivamente apaixonada de Humbert Humbert. É uma história forte, com uma narrativa refinada e bela ao abordar o drama de um pedófilo e de sua Lolita de várias faces, ora a amante que seduz, ora a vítima assustada. É perturbador, em uma palavra e talvez não agrade a todos, todavia é um grande livro.

1º lugar: Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios, de Marçal Aquino | Resenha no blog AQUI
Gênero: Romance
"Estou relendo o trecho em que o professor Schianberg se ocupa da separação dos amantes; As transitórias e as irremediáveis. Ele menciona um maluco norueguês que afundou um navio como oferenda pela volta da amada. O problema é que o navio não era dele, e deu cadeia. Eu afundaria todos os navios nesta noite, Lavínia. Incendiaria o porto. Só para ver o brilho das chamas refletidos nos seus olhos escuros."
Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios é um livro que merece ser conhecido, lido e relido. Engraçado dizer, mas sinto quase como se ele já integrasse minha lista de favoritos antes mesmo de eu sequer ter começado a lê-lo. É que fica visível em sua sinopse, em seu título extravagante e intenso que Marçal Aquino tem história, e boa, para contar. É um xodó em minha coleção e o autor é brasileiríssimo. Talvez o livro não agrade aos que se restringem mais a um certo tipo de leitura, mas a paixão que exala dele em cada página é tão, tão intensa, que seria injusto não colocá-lo em primeiro lugar nesta lista.
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Gostou da minha lista? Ficou curioso? Agora conte-me quais foram os seus favoritos em 2011!

No mais, gostaria de dar as boas-vindas à Editora Suma de Letras, que tornou-se parceira do Na Parede do Quarto e aguardem, pois teremos novidades da mesma por aqui em breve.

Tenham todos uma boa terça-feira!

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